O anúncio da criação da tecnologia 5G pelos sul-coreanos em 2013 gerou uma enorme expectativa no mundo sobre os benefícios que esta nova banda larga – **mais ampla e muito mais veloz** – poderia oferecer para a vida das pessoas e das empresas. Afinal, trata-se de uma transmissão de dados com velocidade, de upload e download, entre **10 e 20 vezes superior ao 4G atual**, o que diminui drasticamente a latência das respostas. Além disso, a rede 5G promete uma conexão de sinal mais estável e cobertura mais ampla, por utilizar melhor o espectro de rádio, permitindo que mais dispositivos estejam conectados ao mesmo tempo.
Vale salientar que não se trata apenas de velocidade de conexão, de smartphones mais potentes ou de sinal de internet inabalável. **A tecnologia do 5G promete algo além: uma supercomunicação entre empresas e entre ‘coisas’ (IoT),** acelerando o processamento e a transmissão de dados, permitindo **análises em tempo real,** o que viabilizaria a implantação desde veículos autônomos, drones, sistemas de segurança, serviços de saúde a parques industriais conectados pelo mundo, trabalhando em sinergia. Além de uma **imensa gama de novos serviços** que ainda sequer sonhamos que possam existir.
Assim, é possível prever que uma **infinidade de novos negócios serão gerados a partir desta revolução digital.** Entretanto, há desafios importantes a serem vencidos para que este mundo hiperconectado se torne real.
A tecnologia 5G atua com um espectro de onda diferente a chamada mmWave (Milimiter Wave), na faixa de 24GHZ a 95GHZ. A vantagem disso é uma **velocidade de transmissão absurdamente maior** do que as de frequência mais baixas, além de gerar uma **capacidade de conexão simultânea de cerca de 1 milhão de dispositivos por Km2.**
Pedras no caminho
Na contramão, **a desvantagem é a sua dificuldade em percorrer grandes distâncias de forma íntegra**, bem como transpor barreiras físicas de alta densidade. Em resumo, o sinal 5G não viaja bem e não atravessa prédios ou mesmo parques arborizados.
Para contornar a questão, diversas tecnologias estão sendo aplicadas:
**- Small cells networks:** Uma extensa infraestrutura de transmissão pulverizada, com retransmissores do sinal 5G para contornar os obstáculos e garantir a dispobilidade do sinal.
**- Massive MIMOs** (Multiple Input Multiple Output): adaptação da estrutura de torres 4G existentes utilizando maciçamente estações MIMOs – bases com centenas de portas que ampliam exponencialmente a capacidade de conectividade das antenas;
**- Beamforming:** Distribuição de sinal de forma direcionada para um local ou até mesmo para um usuário específico;
**- Full Duplex:** Nova tecnologia de reciprocidade que permite trocas de alta velocidade na emissão/recepção de dados, eliminando interferências na linha de transmissão.
Todos esses são recursos de conectividade e de disponibilidade de sinal do 5G, mas requerem um **elevado investimento.**
Na borda, a solução
A resposta para uma efetiva disponibilidade do 5G alia recursos de conectividade e de [**edge computing**](https://www.green4t.com/solucoes/infraestrutura-de-ti-on-off-premise/edge-computing ). Os desafios para a implementação da nova tecnologia seriam facilitados com uma computação de borda eficiente, por levar o processamento dos dados para a ponta da cadeia. Assim, aproximando a geração do processamento, **elimina-se a necessidade de transmissão entre longas distâncias** e reduz-se, portanto, a carência por uma infraestrutura de conectividade. Isso porque diminui-se a quantidade de dados que viajam por longas distâncias: apenas o essencial percorre o caminho para o [data center](https://www.green4t.com/solucoes/infraestrutura-de-ti-on-off-premise/data-centers-modulares) central ou para a cloud.
Assim, quando pensamos em 5G aplicado ao IoT, por exemplo, visualizamos um ecossistema de baixa latência, onde **empresas e equipamentos conversam entre si** em uma velocidade nunca antes experimentada. Um real time das máquinas revelando um mundo novo de possibilidades.
Neste sentido, setores como o de **transportes, de saúde, de serviços públicos, a indústria de manufaturas e o agronegócio serão imensamente impactados** – e aprimorados – pela nova tecnologia. Contudo, para que esta Quarta Revolução Industrial se confirme, os stakeholders devem trabalhar em cooperação, cientes e alinhados ao enorme potencial econômico e social do 5G.
Valor econômico e social do 5G
Enquanto o 5G no Brasil dá os seus primeiros passos rumo a efetivação – os moldes do leilão de espectros de banda, previsto para acontecer até o fim de 2020, só foram anunciados em junho -, o [**edge computing**](https://www.green4t.com/solucoes/infraestrutura-de-ti-on-off-premise/edge-computing ) já é uma tecnologia consolidada, com vantagens comprovadas:
**- Maior Resiliência:** A distribuição do processamento de dados diminui o risco de sobrecargas de rede e a inoperabilidade do sistema. Além disso, é possível se monitorar a análise e detectar eventuais problemas antes que eles comprometam toda a operação.
**- Menor Latência:** Como o a análise dos dados é feita na borda, a transmissão ganha velocidade e as respostas necessárias se tornam mais imediatas.
**- Maior Disponibilidade:** Com centros de dados físicos e dedicados, a dependência de comunicação com servidores livres na nuvem diminui, garantindo o pleno atendimento das demandas.
**- Implementação Faseada:** Por ser modular e escalável, o [edge computing](https://www.green4t.com/solucoes/infraestrutura-de-ti-on-off-premise/edge-computing ) permite otimizar investimentos e despesas por meio de uma implementação gradual.
Todo este repertório de vantagens se demonstra um instrumental para a consolidação do 5G. Uma parceria que permitirá trazer para horizontes mais próximos uma revolução só prevista para o futuro e que coloca no centro o bem-estar de quem esta nas bordas do ecossistema: o próprio ser humano.