Por Márcio Martin, vice-presidente comercial e de soluções da green4T
O ano de 2021 consolidou a virtualização e a digitalização das empresas e dos negócios. Tudo ficou ainda mais online, a transformação digital foi acelerada, a jornada de trabalho híbrida mostrou ser um fenômeno nada efêmero e os modos de relacionamento entre empresas e pessoas mudaram para sempre.
Mais além, o ano que passou determinou a urgência por mais sustentabilidade em setores essenciais da economia, como processamento de dados, a fim de mitigar as mudanças climáticas originadas pela atividade humana. O cenário reafirma a necessidade de empresas e organizações em contarem com ferramentas de convergência tecnológica.
A computação de borda, internet das coisas, aprendizado de máquina e inteligência artificial se somam a data centers cada vez mais sustentáveis e eficientes para atuar de forma conjunta no estímulo das tecnologias que guiarão o mundo neste ano. Todas estas inovações e tecnologias têm o mesmo denominador comum: a necessidade de contar com infraestruturas de TI de alta disponibilidade, seguras, eficientes do ponto de vista energético e capazes de coletar, processar, analisar e armazenar cargas cada vez maiores de dados.
Edge computing: O investimento das empresas em edge tende a crescer nos próximos anos, conforme pesquisa IDC – Worldwide Edge Spending Guide, divulgada em janeiro deste ano, a previsão de investimentos para 2022 chega a US$ 176 bilhões – 14,8% acima do que o registrado no ano anterior, ritmo que deverá ser mantido até 2025. Segundo o estudo, o momento é uma grande oportunidade para empresas e provedores de serviço de edge em razão do aumento das demandas que podem ser atendidas com a computação na borda.
IoT: A Internet das Coisas elevará ainda mais a penetração nos setores produtivos como agropecuária e indústria, saúde e gestão das cidades. O ecossistema de sensores e dispositivos conectados à rede é essencial, por exemplo, para a expansão da automação das linhas de produção em larga escala;
O IoT combinado ao edge computing, machine learning, AI, 5G e softwares de gestão como o DCIM colabora de forma decisiva no monitoramento – frequentemente remoto – e manutenção de equipamentos, antecipando problemas e alertando quanto à necessidade de atualizações de máquinas e sistemas. Contudo, a aplicação do IoT não está restrita aos ambientes corporativos. Outro segmento que deve ser beneficiado é o transporte público, quando associado a outras tecnologias. No monitoramento web de frotas de ônibus, por exemplo – como o realizado pelo painel Trancity, desenvolvido pela Scipopulis – os sensores geram dados que medem a quantidade de CO2 emitida em cada linha, a velocidade dos veículos, o número de passageiros, o tempo de espera nas paradas e outras métricas que ajudam o administrador do sistema a dar mais eficiência e qualidade ao serviço.
Virtualização: A recriação de realidades físicas em ambientes virtuais por meio de lentes de realidade aumentada ou uso de digital twins tem gerado “metaversos” que, tudo indica, transformarão o modo de socializar, trabalhar e de fazer negócios de empresas.
A gestão virtualizada de infraestruturas de TI também é uma tendência. Ao ser terceirizado, o gerenciamento é profissionalizado e qualificado, reduzindo os custos fixos operacionais das empresas e entregando mais performance ao negócio. Outros setores econômicos, como imobiliário, de construção civil e de turismo também já utilizam ferramentas de virtualização para a promoção de seus produtos e serviços.
Data centers “verdes”: Segundo análises recentes, o setor de TI consome entre 5% e 9% de toda a energia elétrica produzida no mundo anualmente. A previsão é de que este percentual possa chegar a 20% até 2030, conforme alertam Anders Andrae e Tomas Edler, autores do artigo “On Global Electricity Usage of Communications Technology: Trends to 2030”. Essa percepção exige dos provedores de serviços de TI e processamento de dados o uso de tecnologias mais sustentáveis, com infraestruturas
De uma maneira geral, a utilização de eletricidade de origem limpa deve crescer 40% em 2022, conforme estimativa da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Um indicativo claro que a transição da matriz energética das nações e das companhias está em franca aceleração.
Demanda por infraestruturas híbridas: Este amplo panorama revela a imensa necessidade das companhias, cidades e países por infraestruturas de TI que combinem resiliência, disponibilidade e eficiência energética em níveis inéditos na história até aqui. E, até pela complexidade do momento, a solução não pode ser única. Não por acaso, 90% dos negócios adotarão esta estratégia até o final deste ano, segundo relatório da IDC. Seja para melhorar a performance ou desenvolver novos produtos ou serviços, gerenciar corretamente todos estes novos devices e ferramentas tecnológicas, coletar, processar e analisar imensas cargas de dados, contar com infraestruturas de TI híbrida capazes de dar respostas a desafios tão diversos em complexidade, tamanho e tempo é, portanto, fundamental para preparar empresas e cidades a este futuro que se apressa em chegar.
Assessoria de imprensa